IAQUE
Resistente ao esforço e às duras condições climáticas que reinam no Tibet, o iaque tem sido utilizado há séculos como animal de carga e transporte naquela região do planeta.
O iaque (Bos grunniens ou B. grunniens mutus, denominação científica do iaque selvagem) é um mamífero artiodáctilo (com número par de dedos) da família dos bovídeos. Os machos adultos podem medir até 1,80m e pesar mais de 600kg. De constituição forte, com chifres e corcova grandes, o iaque tem olhos pequenos e orelhas bem curtas. Seu pêlo é preto e curto, exceto nos flancos e na cauda, onde forma uma franja longa.
Muito resistente tanto à fadiga como ao frio e à escassez de alimento, o iaque é encontrado em áreas de 4.300 e 6.100m de altitude, em que a vegetação é escassa e o solo permanece coberto de neve durante a maior parte do ano. Alimenta-se quase exclusivamente de relva. De hábitos gregários, os iaques agrupam-se em rebanhos formados por fêmeas e animais mais novos ou apenas por machos, que também podem pastar individualmente. O período de gestação dura de cinco a seis meses, após o que nasce uma única cria.
A carne do iaque é aproveitada na alimentação. Com a pele, fabrica-se couro e, com o pêlo, preparam-se cordas. O estrume seco do animal é o único combustível que pode ser obtido nos inóspitos planaltos tibetanos.