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O Partido Republicano

As idéias republicanas faziam parte de diversos movimentos históricos, como a Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana, a Revolução Pernambucana, a confederação do Equador etc.
Na década de 1860, políticos liberais, como Rangel Pestana, provenientes da classe média, começaram a escrever nos jornais, expondo suas idéias.  Esses políticos defendiam a abolição da escravatura e a ampliação dos direitos de voto e ensino público a todos dos brasileiros. Essas reivindicações sensibilizaram os cafeicultores do Oeste paulista que desejavam maior autonomia fiscal em relação ao poder central.
Em dezembro de 1870, com o fim da Guerra do Paraguai, foi lançado no Rio de Janeiro, o Manifesto Republicano, impresso nas páginas de um novo jornal, intitulado A República.

  Convenção Republicana em Itú, São Paulo,  em 1873.  
O manifesto desencadeou a organização de diversos clubes republicanos na capital da província de São Paulo e no interior cafeeiro, principalmente nos municípios de Sorocaba, Campinas, Jundiaí, Piracicaba e Itú.
Em 1873, esses clubes reuniram-se na cidade de Itú, para uma convenção, que ficou conhecida como a Convenção de Itú. Nessa ocasião foi fundado o Partido Republicano Paulista (PRP). Entre as pessoas que participaram da Convenção, estavam artistas, militares, cafeicultores e intelectuais, como Américo de Campos, Rangel Pestana, Bernardino de Campos, Campos Sales e Prudente de Morais.
A partir desse momento, o movimento republicano começou a ganhar força, apoiado no poder econômico dos cafeicultores e na ação de estudantes e professores da Faculdade de Direito de São Paulo. No entanto, o novo partido não se comprometia abertamente com a luta contra a escravidão.