Abelhas - Parte VI


07.            O APIÁRIO
O progresso do apiário dependerá, em grande parte, do meio ambiente que ele está instalado, onde vivem e trabalham estes insetos, por isso, caberá ao apicultor, o correto manejo das abelhas, para obter resultados positivos no desenvolvimento do apiário.
08.            APICULTURA MIGRATÓRIA OU MÓVEL
    É quando existe mudança de local dos conjuntos de colméias (apiários), de uma região para outra, acompanhando as floradas e objetivando a maior e melhor produção de mel e também para a prestação de serviços de polinização.
     Nos Estados Unidos, a apicultura móvel é praticada por grande números de apicultores que viajam com milhares de colméias, ao longo de centenas de quilômetros, através de vários estados em busca de flores para suas abelhas e também para fazer a polinização.
     Para o desenvolvimento desta modalidade de exploração altamente especializada, é necessário uma tecnologia adequada, complementada também com equipamentos apropriados para facilitar a manipulação das colméias, permitir fácil transporte e proporcionar a necessária resistência para os constantes deslocamentos das colméias.
      Os extensos pomares e outras culturas já reclamam a presença urgente de abelhas para manter sua frutificação e qualidade da produção e encontram na apicultura migratória a grande solução, a exemplo dos países com agricultura desenvolvida.
     A nova modalidade de exploração apícola, além de significar um incentivo para a apicultura industrial, é também o caminho para possibilitar a prestação de serviços de polinização com abelhas nos pomares e culturas.
     Apicultura migratória é o caminho para atender as necessidades de polinização dos pomares e culturas para a produção de sementes e frutas. E o Brasil, como um dos principais produtores de alimentos do mundo não pode dispensar a participação das abelhas para garantir a produção. Os outros insetos de polinização, estão sendo destruídos pela aplicação, cada vez mais intensa e descontrolada de defensivos agrícolas.
09.            CRIAÇÃO, VESTIMENTA E UTENSÍLIOS
     Já mostramos em nosso trabalho, como vivem e do que se alimentam as abelhas. Agora mostraremos como podemos criá-las, de forma que se possa aproveitar sua produção excedente de mel, cera, própolis e geléia real.  Isso é o que se chama de apicultura racional: a criação de abelhas, com o objetivo de colher a sua  produção, sem causar prejuízos a colônia.
    Mas antes de dominar as técnicas e manejo de criação das abelhas, o apicultor deve conhecer os equipamentos, ferramentas e, principalmente, a indumentária, a vestimenta com que irá trabalhar.  Afinal, criar abelhas não é a mesma coisa que criar coelhos ou ovelhas.  As abelhas não são animais dóceis, elas tratam de defender a sua família contra qualquer tipo de ameaça, portanto, são defensivas, e atacam todos os que consideram suspeitos com ferrão, pelo qual, injetam veneno na vítima. Assim, para trabalhar com abelhas o apicultor deve, antes de tudo, estar adequadamente vestido, para defender-se de eventuais picadas. Como já falamos no decorrer do trabalho, o veneno das abelhas pode até matar o homem quando aplicado em grande quantidades (por cerca de 400 abelhas).
17.1.        VESTIMENTA
A vestimenta básica é composta  por uma máscara, um macacão, um par de luvas e um par de botas. Estas peças podem ser feitas pelo próprio produtor, mas é preferível comprá-las, até que o apicultor esteja perfeitamente familiarizado com a atividade. O melhor tipo de máscara é a de pano, com visor de tela metálica, pintada com tinta preta e fosca, que permite melhor visibilidade. Esse tipo de máscara é sustentado por chapéu de palha ou vime e é fechada com um longo cardaço que é amarrado sobre o macacão.
As luvas devem ser finas o suficiente para que o apicultor não perca totalmente o tato (fator de importância na manipulação das abelhas). As luvas de plástico, muitas vezes não são resistentes às ferroadas e tem o inconveniente de não permitir a evaporação do suor das mãos, o que dificulta os trabalhos e cujo odor pode irritar as abelhas. As luvas de couro fino e brancas, são as mais indicadas.
O macacão deve ser construído de uma única peça. Ele também deve ser largo, folgado o suficiente para não criar aderência junto ao corpo, o que permitiria a ferroada da abelha. As extremidades do macacão (mangas e pernas) devem ser arrematadas em elástico, para impedir a entrada de abelhas na vestimenta e o tecido deve ser resistente para defender o corpo de ferroadas. O tecido brim é bastante utilizado e oferece uma boa proteção.
Finalmente, as botas. As melhores são as de borracha, branca, de cano médio ou longo, sobre o qual é ajustada a bainha do macacão. As botas usadas por técnicos em eletricidade, pode ser um exemplo.
Toda a indumentária do apicultor deve ser de cor clara, pois as abelhas são sensíveis às tonalidades escuras, especialmente ao preto e ao marrom. As abelhas têm verdadeira aversão a estas cores, que provocam o seu ataque. As cores mais indicadas são: o branco, o amarelo e o azul-claro, tons que não as irritam.
17.2.        UTENSÍLIOS
17.2.1.         FUMEGADOR
Não é só a indumentária que defende o apicultor das ferroadas das abelhas. Um utensílio indispensável para qualquer tipo de trabalho é o fumegador. Sua função é a de diminuir a agressividade das abelhas. É um utensílio realmente obrigatório na apicultura, principalmente com as abelhas africanizadas.
         Existem diferente tipos e tamanhos de fumegadores. Para quem está iniciando na atividade, o tipo mais apropriado é o fumegador de fole manual, constituído por um fole, como o próprio nome diz, que é acoplado a uma fornalha dotada de grella, na qual se queima o material que produzirá a desejada fumaça. Os de tamanho grande, são preferíveis, porque garantem fumaça por maior espaço de tempo.
            Ao contrário do que algumas pessoas imaginam, a fumaça produzida pelo fumegador não “tonteia”  ou  “sufoca” as abelhas. Na verdade, a fumaça é utilizada para criar a falsa impressão de um incêndio na colméia. Assim, ao primeiro sinal de fumaça, elas correm e engolem todo o mel que podem, para salvar o alimento em caso de necessidade, em caso de fuga. Isto faz com que as abelhas desviem a atenção do apicultor que pode então, trabalhar com mais tranqüilidade. Além disso, as abelhas, com seus papos lotados de mel, ficam pesadas e têm mais dificuldade para ferroar.
17.2.2.         COMO PREPARAR E APLICAR A FUMAÇA
Os materiais mais apropriados para a produção de fumaça são de origem vegetal, como exemplo: serragem grossa.
     O importante é que a fumaça não seja jamais produzida por materiais que possam irritar ou molestar as abelhas, como óleo de qualquer natureza, querosene, gasolina e produtos que desprendam odor forte ou mau cheiro. A fumaça deve ser fria e limpa, em resumo, essa fumaça, deve ser usada aos poucos, em pequenas quantidades, para não irritá-las.
17.2.3.         FORMÃO DE APICULTOR
    É uma ferramenta praticamente obrigatória e é utilizada para abrir o teto da colméia que normalmente é soldado à caixa pelas abelhas com a própolis. Serve também para separar e desgrudar as peças da colméia.
17.2.4.  ESPANADOR
     É empregado para remover as abelhas dos quadros da colméia sem feri-las. Normalmente, é feito de crina animal. Na falta deste instrumento, alguns apicultores utilizam penas de aves como espanador.
17.2.5.         FACAS E GARFOS
São instrumentos utilizados para destampar os alvéolos dos favos, liberando, assim, o mel armazenado.
17.2.6.  PEGADOR DE QUADROS
Trata-se de uma ferramenta, relativamente útil: compostas de duas tenazes de funcionamento simultâneo, ela remove facilmente os quadros de colméia, mesmo àqueles que estejam soldados com própolis entre si. Além de facilitar o manuseio dos quadros da colméia, este instrumento diminui o risco de esmagamento das operárias.
17.2.7.  CENTRÍFUGAS
São equipamentos destinados à extração de mel sem provocar danos aos favos, que, poderão, desta forma, serem reaproveitados. Há basicamente dois tipos de centrífugas: a facial e a radial, sendo esta última, considerada a mais prática.
            No entanto, apesar das vantagens que apresenta, a centrífuga não deve ser adquirida prontamente pelo apicultor no início. Ela só se justifica em casos de determinados volumes de produção. Uma alternativa para os apicultores iniciantes é a aquisição da centrífuga em regime de cooperativa: todos pagam por ela e todos usam.
17.2.8. OUTROS EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS
A apicultura moderna dispõe de diversos aparelhos e ferramentas que auxiliam e facilitam o trabalho com as abelhas. Estes instrumentos, no entanto, são recomendados a apicultores com larga experiência que coletam um grande volume das colméias e já dominam uma certa técnica e manejo.
18.  COLMÉIA
Colméia é o nome dado ao local em que as abelhas habitam. A apicultura racional nasceu quando o homem desenvolveu o sistema de quadros móveis instalados em colméias. Antes disso, o homem simplesmente colhia o mel das abelhas que viviam em abrigos naturais, como ocos de árvores, fendas de pedras, etc., ou procurava criá-las em caixas rústicas de madeira, cestos de palhas e outros recipientes, entretanto, os resultados não eram dos melhores. A retirada do mel das colméias naturais é quase sempre única, por causa dos estragos provocados à colônia, a família enxameia ou acaba morrendo.
No caso da criação de abelhas em caixas rústicas a produção de mel é muito pequena e o produto não é de boa qualidade, pois ele é obtido espremendo-se os favos que são recortados e removidos das colméias. Na apicultura racional, este problema foi solucionado com a criação dos quadros móveis. Trata-se de uma invenção bem feita para os apicultores, que surgiu no final do século XIX. Mas cada dia, vem sendo aperfeiçoada para melhor servir a apicultura.
 A apicultura moderna, racional que permite a produção de grandes quantidades de mel, pólen e outros produtos de grande comercialização, começou com o desenvolvimento desse sistema e consiste em induzir as abelhas a construírem seus favos em quadros dispostos verticalmente na colméia, construída para abrigar a família. Esse sistema oferece uma série de vantagens.
O sistema de quadros móveis permite que o apicultor inspecione o interior da colméia e intervenha sempre que for necessário: eliminando favos velhos, controlando focos de pragas (como traças), trocando a posição dos quadros, prevenindo a enxameação. Esse sistema também permite a utilização de lâminas de cera alveolada que produzem enormemente o trabalho das abelhas, possibilita o emprego de alimentadores artificiais (que garantem alimento à família durante o outono e inverno), permite o reaproveitamento dos favos, e, mais importante: a contínua colheita do mel.
Além dessas vantagens, as colméias dotadas de quadros móveis, podem ser fortalecidas com a introdução de um quadro de mel ou de crias de outra colméia. Falaremos sobre esse aspecto mais adiante, no decorrer do trabalho.
   18.1.  TIPOS DE COLMÉIAS
Conhece-se hoje, mais de 300 tipos diferentes de colméia que variam em função de adaptação climática, manejo, etc., mas todas elas, apresentam a mesma constituição básica: um fundo, um assoalho, um ninho (que é compartimento reservado ao desenvolvimento da família), a melgueira (compartimento onde é armazenado o mel), os quadros (nos quais são moldados os favos de mel ou de cria) e uma tampa (que reveste toda a colméia).
Todas estas peças: assoalho, ninho, melgueiras, quadros e tampa são móveis, podem ser retiradas a qualquer momento, o que facilita o trabalho de intervenção do apicultor. Outra vantagem: por ser móvel, esse sistema permite que a colméia receba mais melgueiras na época de floradas abundantes, aumentando a produção de mel e por outro lado, seja reduzida nos períodos de dificuldade (outono ou inverno). Por causa dessa facilidade de mobilidade, este tipo de colméia (o único utilizado pelos verdadeiros apicultores) é chamado de mobilista.
            Diferentes materiais podem se empregados na construção das colméias: madeiras, fibra de vidro, amianto, concreto, isopor, etc. No entanto, a maioria delas, por razões de praticidade e economia são feitas de madeira, contudo, não é só o material das colméias que diferem. Existem muitos modelos de colméias, porém a mais indicada é a colméia Langstroth, ou Americana.
            Idealizada por um dos pais da apicultura, o pastor Lorenzo Langstroth, este tipo de colméia é a mais utilizada em todo o mundo e é recomendada pela Confederação Brasileira de Apicultura e o Ministério da Agricultura.
  19.  O ESPAÇO ABELHA
Langstroth desenvolveu sua colméia quando descobriu o que se chama hoje de espaço abelha, que é o menor espaço livre que possa existir no interior de uma colméia para permitir a livre movimentação delas.
O espaço abelha foi uma descoberta muito importante. Ele é a própria referência da abelha no interior da colméia. As abelhas vedam, com própolis, todas as frestas inferiores a 4,8 mm e constróem favos nos espaços superiores a 9,5 mm. Ao descobrir essa característica das abelhas, Langstroth desenvolveu um tipo de colméia, composta por dez quadros que mantém entre si e entre as paredes, a segura distância de 9mm, em média.  Isto é conseguido com o uso dos quadros de Hoffmann, dotados de espaçadores automáticos, ou seja, que já mantém o chamado espaço abelha, entre si.
Por trata-se de um objeto de precisão e exatidão, em termos de dimensões e medidas, não é aconselhável ao apicultor iniciante, produzir suas próprias colméias. É mais fácil, prático e econômico adquiri-las já prontas.
20.     TELA EXCLUÍDORA
         Outro importante avanço da apicultura racional é a tela excluídora (na verdade é uma chapa perfurada) que não permite, o deslocamento da rainha do ninho para a melgueira, onde poderia depositar seus ovos e comprometer o mel. A tela excluídora, instalada  entre o ninho e a melgueira, permite apenas e tão somente a passagem das operárias do ninho para a melgueira, onde depositarão o mel que, no tempo certo, será colhido pelo apicultor.
 21.   O ALVADO
        O Alvado é a porta da colméia. É um acessório regulável e de grande importância para a defesa da família. Trata-se de um sarrafo que é instalado na entrada da colméia, de forma a permitir a entrada e saída das abelhas. Nos períodos de frio, esta porta é reduzida, para conservar maior calor no interior da colméia. Nas épocas de floradas ou de calor, esta abertura é aumentada.
22.     ESCOLHA DO LOCAL PARA O APIÁRIO
            O Apiário é um conjunto de colméias, devidamente instalado em local preferivelmente seco, batido pelo sol, de fácil acesso, suficientemente distante de pessoas e animais, provocando o isolamento das abelhas. O Apiário, sofrerá durante toda sua existência, a interferência de fatores do meio ambiente, tais como: temperatura, umidade, chuvas, florações, ventos, pássaros predadores, insetos inimigos, etc.. O meio ambiente, no qual está instalado o apiário, onde vivem e trabalham as abelhas, será em grande parte, responsável pelo progresso ou não, conforme sejam as condições favoráveis.   Portanto, caberá ao apicultor, o empenho da apicultura racional, ou seja, o correto manejo das abelhas, para obter resultados positivos no desenvolvimento do apiário.
         A localização do apiário é um dos fatores mais importantes para o sucesso da apicultura. Vale a pena gastar um pouco de tempo na identificação do melhor local da propriedade para sua instalação.
            Antes de instalar suas colméias, o apicultor deve levar em conta a disponibilidade de água e alimentos (floradas) para suas abelhas, procurar protegê-las de ventos fortes, correntes de ar, de muito sol e muita umidade. Contudo, a maior preocupação do apicultor, deve ser com relação a segurança de pessoas e animais. Este ponto é muito importante.
            Naturalmente, o acesso ao apiário deve ser fácil, a fim de economizar tempo e reduzir os trabalhos do apicultor. No entanto, as colméias devem estar distantes 200 a 300 metros, no mínimo, de qualquer tipo de habitação, estradas movimentadas e criações de animais, afinal, as abelhas são seres muito sensíveis a odores exalados por animais e pelo homem e irritam-se com qualquer tipo de movimentação anormal que ocorra nas proximidades da colméia.
            Para prevenir o ataque de inimigos naturais das abelhas, deve-se manter o gramado do apiário bem limpo, livre de mato e de árvores altas que dificultem o vôo das campeiras. A utilização de protetores antiformigas nos cavaletes é importante pois um ataque de formigas a enxames pequenos pode destruir toda a família de abelhas.
            Produtores comerciais de mel, cera e geléia real costumam proteger suas colméias, construindo uma espécie de galpão aberto que abriga o apiário de chuvas fortes e da incidência direta do sol. Além de proporcionar uma defesa mais adequada contra as variações climáticas, esse tipo de proteção é mais econômico para o apicultor já que aumenta a vida útil das caixas. Um apiário deve ter uma distância de pelo menos cinco quilômetros de outro.
23.      A  ÁGUA
         Assim como para o homem, a água também, é um elemento vital para as abelhas; ela entra na composição do mel, da cera e da geléia real produzida pela família. Por isso, é muito importante que tenha água limpa e em abundância próxima ao apiário. Caso não exista nenhuma nascente nem um curso d’água próximo ao apiário, o apicultor deverá providenciar o seu fornecimento. Esta providência deve ser tomada antes da instalação das caixas, para não perturbar o trabalho das colônias.
            Existem várias formas de transportes da água até o apiário. Pode-se, por exemplo, canalizá-la até um barril dotado de torneira mantida aberta, de forma a deixar que a água simplesmente pingue sobre um pano colocado sobre madeira. Pode-se trazer ainda a água, canalizando-a, através de bambus ou tubulações de forma que ela caia pingando sobre um pano, num ponto próximo ao apiário. Não existe, entretanto, uma receita pronta. Tudo vai depender das condições da propriedade, como também, da criatividade do apicultor. As abelhas, particularmente, precisam de água levemente salgada.
24.    FLORA  DAS ABELHAS  COM  FERRÃO
         A flora apícola é o que se pode chamar de pastagem das abelhas. É das flores que as abelhas recolhem o néctar e o pólen, que vão alimentar a colônia.
            Boas fontes de pólen e néctar contribuem para aumentar a produção do apiário. Por isso, sempre que possível, o apicultor deve cuidar da florada, antes da instalação do apiário.
            Existem plantas que produzem flores com elevada concentração de néctar, outras que produzem bastante pólen e outras que fornecem igualmente pólen e néctar. Infelizmente, não existe o pasto apícola ideal. Uma espécie vegetal de alto potencial apícola é o eucalipto, pode não se adaptar a propriedade do apicultor. Para o apicultor iniciante, o pasto apícola composto por monocultura deve ser evitado, por proporcionar alimento às abelhas durante uma única época do ano. A exploração do pasto apícola de monocultura, só se justifica na atividade comercial, quando o apicultor realiza a chamada apicultura migratória. Neste caso, o produtor, leva suas colméias a pomares ou culturas de floração, transferindo-as para outro pasto assim que termina a florada.
            A apicultura fixa, praticada principalmente por pequenos produtores, em pequenos sítios, hobbistas e por iniciantes é mais indicada a exploração do pasto nativo (das floradas da própria região). Depois, o apicultor pode fazer a melhoria dessa pastagem, introduzindo variedades de maior valor apícola, desde que se adaptem a sua propriedade.
            Próximo ao apiário devem ser cultivadas plantas aromáticas e medicinais pois seu odor atrai muito as abelhas e diversifica ainda mais as fontes de alimento das colônias.
            O mais importante, na formação do pasto apícola, é que o apicultor procure identificar as espécies mais apropriadas e adaptadas à sua propriedade. Mostraremos abaixo uma pequena lista de plantas apícolas:

Nome Vulgar
Nome Científico
Período de Floração*
Abacateiro
Persea Gratíssima
Julho a outubro
Alecrim
Holocalix Glaziovvi
Maio a agosto
Azaléia

Maio a setembro
Café
Coffea Arábica
Agosto a outubro
Coqueiro
Cocus Nucífera
Todo o ano
Datura
A  Belladona
Janeiro a fevereiro
Eucalipto
E. Grandis
Fevereiro a junho
Eucalipto
E. Viminalis
Janeiro a maio
Goiaba
Psidium Guayana
Setembro a dezembro
Hortência
Hydrangea sp.
Janeiro a março
Jambo
Eugênia Malaccensis
Outubro a fevereiro
Jamalão
S. Ambolanum
Outubro a dezembro
Laranja
Citrus sinensis
Agosto a novembro
Milho
Zea mays
Janeiro a maio
* Dependendo da Região





FONTE: EDMS – Trabalhos Escolares, Educação & Diversão (ANO 2000 - 2003)


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