A nação russa é composta por etnias que apontam a variedade desta civilização.
A formação da civilização russa remonta ao período pré-histórico, quando as glaciações e o processo de transformação do clima orientavam o processo de ocupação do Leste Europeu. Ao adentrarmos a Antiguidade, notamos a hegemonia dos povos pré-eslavos, que dominaram a utilização dos metais para se defenderem das tribos nômades guerreiras que alcançavam o território.
Com o passar do tempo, os eslavos resistiram às ondas de ocupação e desenvolveu uma economia pautada na exploração da agricultura, pecuária, caça, pesca e criação de abelhas. No século IX, a civilização eslava estabeleceu contato com os vikings, que entraram em conflito contra o povo eslavo, nomeado por eles como “rus”. Provavelmente esta pode ser uma das origens etimológicas da utilização do termo “russo” para designar os habitantes desta região.
Por conta de sua enorme extensão territorial, a Rússia desenvolveu um lento e demorado processo de centralização política. Ao longo da Idade Média, a Bulgária Volgaica e os russos de Kiev formaram algumas experiências governamentais mais estáveis que dominaram o espaço russo. No século XIII, a incursão dos tártaro-mongóis firmou um novo período na história russa.
A destruição promovida por esse povo estrangeiro acabou desarticulando todo o legado de grandes cidades que demoraram vários séculos para se estabelecerem. Ao longo de dois séculos e meio, os mongóis traçaram um vigoroso processo de dominação que foi somente revertido através dos esforços de unificação militar e política da população do Leste Europeu.
O desenvolvimento da unificação ficou sendo conhecido como o período de renascimento da civilização russa, e marcou a formação de uma monarquia nacional centralizada. O auge desse processo de unificação aconteceu no governo de Pedro, O Grande, que se preocupou em dinamizar a economia russa enviando pessoas para que dominassem as técnicas de navegação europeia.
A ação desse monarca transformou o quadro econômico fechado e autossuficiente, que outrora dominava o cenário russo. As atividades agrícolas e comerciais passaram a atingir um novo patamar e o Estado Imperial ampliava seu poder de dominação sob aquele vasto território. No século XIX, os russos tiveram intensa participação nas guerras que buscavam impedir o avanço do Império Napoleônico.
Apesar de tantas conquistas, os russos vivenciavam a constituição de graves contradições no interior de sua sociedade. Os camponeses e trabalhadores urbanos experimentavam uma situação de miséria que era diametralmente oposta à riqueza de uma pequena elite detentora dos bens de produção e explicitamente protegida pelos poderes do Estado Czarista.
Esse cenário se transformou com a lendária Revolução Russa de 1917, onde os trabalhadores foram paulatinamente tomados pelas doutrinas socialistas. Na época, esse evento causou grande espanto ao restante do mundo ocidental capitalista, que abominava o desenvolvimento de tal experiência em seus domínios. A partir de então, os russos concretizaram a formação de um Estado Socialista.
Após a Segunda Guerra Mundial, o papel decisivo das tropas russas contra as forças totalitaristas empreendeu o desenvolvimento da influência política russa. Em contrapartida, as nações capitalistas, representadas pelos Estados Unidos, buscaram conter esse avanço ideológico com a imposição da chamada ordem bipolar. Com isso, o desenvolvimento da Guerra Fria passou a ser vivenciado.
Entre as décadas de 1970 e 1980, o regime socialista russo atravessou fortes dificuldades provenientes de uma estrutura burocrática gigantesca e corrupta. Com isso, através das ações de Mikhail Gorbatchev, o socialismo russo chegou ao fim. A partir de então, a Rússia enfrentou o desafio de modernizar a sua economia e reparar os problemas trazidos pelo regime anterior. Atualmente, a nação russa é observada como um país economicamente emergente.