VALE A PENA ou À PENA?
Não há crase. O verbo VALER não pede preposição.
Se “vale o sacrifício”, é porque “VALE A PENA” (sem crase).
Sal A GOSTO ou À GOSTO?
Crítica do leitor: “Em Chef de Botequim, temos ‘1 colher de sal a gosto’. Falta crase? Se definiu ‘1 colher’, pode-se utilizar ‘a gosto’?”
O nosso leitor tem razão em parte.
1o) Há uma incoerência: ou pomos “1 colher de sal” ou pomos “sal a gosto”.
2o) Quanto à ausência do acento da crase, não há erro. Realmente não há crase. A explicação é simples: GOSTO é uma palavra masculina.
Consequentemente não pode haver artigo definido feminino “a”. Temos apenas a preposição.
VAI VIR ou VAI VIM?
Leitor, pelo correio eletrônico, cobra um comentário meu sobre o que ele chama “vírus linguístico”: o mau uso da forma verbal “VIM”.
Primeiro, é importante lembrar que a forma verbal VIM existe. O problema é saber quando usar. VIM é a 1ª pessoa do singular, do pretérito perfeito do indicativo, do verbo VIR: “Eu sempre VIM a esta casa com grande prazer”.
O que o nosso leitor chama de “vírus” é o uso da forma VIM em lugar do infinitivo VIR: “Ele não vai vim” (= VAI VIR); “Vocês não vão vim?” (= VÃO VIR); “Você pode vim sempre que quiser” (o certo é PODE VIR).
Em vez de “vai vir” e “vão vir”, prefira ELE VIRÁ e ELES VIRÃO.
Um ou dois VAI ou VÃO?
Leitor quer saber: “Ao usar UM OU DOIS, o verbo vai para o singular ou para o plural? Por exemplo, um ou dois problemas precisa (ou precisam) ser solucionado (ou solucionados)?”
Quando usamos a conjunção OU, com valor de “exclusão” ou de “dúvida”, o verbo deve concordar com o que está mais próximo:
“Ou eu ou você TERÁ de viajar a Brasília para resolver o problema.”
“Ou você ou eu TEREI de viajar…”
“Ladrão ou ladrões INVADIRAM a mansão do Morumbi”.
Portanto, a resposta é: “Um ou dois problemas PRECISAM ser SOLUCIONADOS”.
DIZ ou DIZEM?
Crítica do leitor desta coluna: “Vejamos o que diz os dicionários Caldas Aulete e Michaelis…”
Não tem perdão. O leitor tem razão. O sujeito está no plural: “Vejamos o que DIZEM os dicionários…”
HAJA ou HAJAM?
Leitora pergunta:: “Na frase ‘Na partida em que HAJAM jogadores convocados…’, o verbo HAVER é auxiliar para a formação da voz passiva (hajam sido/tenham sido) ou tem o sentido de ‘existir’, sendo, portanto, impessoal?”
A princípio, podemos interpretar a frase de duas maneiras:
1a) HAVER tem o sentido de “existir”. É verbo impessoal (=sem sujeito). Isso significa que só pode ser usado no SINGULAR: “Na partida em que HAJA (=existam) jogadores convocados…”
2a) É possível interpretarmos a frase na voz passiva (=com o verbo SER subentendido). Nesse caso, o termo JOGADORES seria o sujeito. O verbo HAVER seria auxiliar e deveria concordar no plural: “Na partida em que os jogadores HAJAM SIDO CONVOCADOS…”
Para saber qual das duas interpretações é a correta, é necessário conhecer o restante da frase.
O mais provável é a primeira interpretação: “…hajam jogadores convocados”.
Qual é a forma correta?
a) Catalizador ou catalisador ?
b) Megaestrela ou mega-estrela ?
c) Chegou em Cuba ou a Cuba ?
d) Mau-humorado ou mal-humorado ?
e) Isto não aconteceu por que ou porque os africanos não puderam viajar ?
Respostas:
(a) catalisador;
(b) megaestrela;
(c) chegou a Cuba;
(d) mal-humorado;
(e) porque.
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