SUMÁRIO
1.0. | Função | 04 |
2.0. | Os neurônios: células nervosas | 04 |
3.0. | Célula Glia | 05 |
4.0. | Impulso nervoso | 05 |
5.0. | Sinapse | 06 |
5.1. | Sinapses Neuromusculares | 07 |
5.2. | Sinapses Elétricas | 07 |
6.0. | Sistema nervoso central | 07 |
6.1. | Introdução | 07 |
6.2. | Meninges | 07 |
6.3. | Partes do encéfalo | 08 |
7.0. | Sistema nervoso periférico | 08 |
7.1. | Introdução | 08 |
7.2. | Nervos e gânglios nervosos | 08 |
7.3. | Nervos sensitivos, motores e mistos | 09 |
7.4. | Nervos cranianos | 09 |
7.5. | Nervos espinais ou raquidianos | 09 |
7.6. | Gânglios espinhais | 09 |
8.0. | Fisiologia do Sistema Nervoso | 10 |
8.1. | Funções do encéfalo | 10 |
9.0. | Cérebro | 10 |
9.1. | Tálamo e hipotálamo | 10 |
9.2. | Tronco encefálico | 11 |
9.3. | Cerebelo | 11 |
9.4. | Funções da medula espinhal | 11 |
10.0. | Divisão funcional do sistema nervoso periférico (SNP) | 12 |
10.1. | Sistema nervoso periférico voluntário | 12 |
10.2. | Sistema nervoso periférico autônomo | 12 |
10.2.1. | Sistema nervoso simpático e parassimpático | 12 |
11.0. | Cérebro | 13 |
11.1. | Componentes do cérebro | 13 |
11.2. | Funções dos hemisférios cerebrais | 14 |
11.3. | Funções do cérebro | 15 |
12.0. | Alguns distúrbios do sistema nervoso | 15 |
12.1. | Acidente vascular cerebral (AVC) | 15 |
12.2. | Ataques epilépticos | 15 |
12.3 | Cefaléias | 16 |
12.4. | Doenças degenerativas do sistema nervoso | 16 |
12.4.1. | Esclerose múltipla | 16 |
12.4.2. | Doença de Parkinson | 16 |
12.4.3. | Doença de Alzheimer | 17 |
13.0. | Doenças infecciosas do sistema nervoso | 17 |
14.0. | Bibliografia | 18 |
01. FUNÇÃO
O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que se adaptem a essas condições.
A unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, chamada “neurônio”, que é uma célula muito estimulável; ela é capaz de perceber as mínimas variações que ocorrem em torno dela, reagindo com uma alteração elétrica que percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o “impulso nervoso”.
As células nervosas estabelecem conexões entre si de tal maneira que um neurônio pode transmitir a outros os estímulos recebidos do ambiente, gerando uma reação em cadeia.
02. OS NEURÔNIOS: CÉLULAS NERVOSAS
Um neurônio comum apresenta três partes distintas: corpo celular, dentritos e axônio. No corpo celular, a parte mais volumosa da célula nervosa, se localiza o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas.
Os dentritos (palavra originada do grego dendron, árvore) são prolongamentos finos e geralmente ramificados que conduzem os estímulos captados do ambiente ou de outras células em direção ao corpo celular. O axônio é um prolongamento fino, geralmente mais longo que os dentritos, cuja função é transmitir para as outras células os impulsos nervosos provenientes do corpo celular.
Os corpos celulares dos neurônios estão concentrados no sistema nervoso central (em seguida falarei um pouco sobre ele) e também em pequenas estruturas globosas espalhadas pelo corpo, os gânglios nervosos. Os dentritos e o axônio, genericamente chamados fibras nervosas, estendem-se por todo o corpo, conectando os corpos celulares dos neurônios entre si e as células sensoriais, musculares e glandulares.
03. CÉLULA GLIA
Além dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se constituído pelas “glia” ou “células gliais”, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar no seu funcionamento. As células da glia constituem cerca de metade do volume do nosso encéfalo. Há diversos tipos de células gliais. Os astrócitos, por exemplo, dispõem-se ao longo dos capilares sangüíneos do encéfalo, controlando a passagem de substâncias do sangue para as células do sistema nervoso. Os oligodendrócitos e as células de Schwann enrolam-se sobre os axônios de certos neurônios, formando envoltórios isolantes.
04. IMPULSO NERVOSO
A despolarização e a repolarização de um neurônio ocorrem devido a modificações na permeabilidade da membrana plasmática. Em um primeiro instante, abrem-se “portas de passagem” de Na, permitindo a entrada de grande quantidade desses íons na célula. Com isso aumenta a quantidade relativa de carga positiva na região interna na membrana, provocando sua despolarização. Em seguida abrem-se as “portas de passagem” de K+, permitindo a saída de grande quantidade desses íons. Com isso, o interior da membrana volta a ficar com excesso de cargas negativas (repolarização). A despolarização em uma região da membrana dura apenas cerca de 1,5 milésimo de segundo.
O estímulo provoca, assim, uma onda de despolarizações e repolarizações que se propagam ao longo da membrana plásmática do neurônio. Essa onda de propagação é o impulso nervoso, que se propaga em um único sentido de fibra nervosa. Dentritos sempre conduzem o impulso em direção ao corpo celular, por isso diz-se que o impulso nervoso no dentrito é celulípeto. O axônio por sua vez, conduz o impulso em direção às suas extremidades, isto é, para longe do corpo celular, por isso diz-se que o impulso nervoso no axônio é celulífugo. A velocidade de propagação do impulso nervoso na membrana de um neurônio varia entre 10 cm/seg a 1 m/seg.. A propagação rápida dos impulsos nervosos é garantida pela presença da “bainha de mielina” que recobre as fibras nervosas. A “bainha de mielina” é constituída por camadas concêntricas de membranas plasmáticas de células da glia, principalmente células de Schawann. Entre as células gliais que envolvem o axônio existem pequenos espaços, os nódulos de Ranvier, onde a membrana do neurônio fica exposta.
Nas fibras nervosas mielinizadas, o impulso nervoso, em vez de se propagar continuamente pelas membranas do neurônio, pula diretamente de um nódulo de Ranvier para outro. Nesses neurônios mielinizados, a velocidade de propagação do impulso pode atingir velocidades de 200 m/seg (ou 720 Km/h).
Sistema Nervoso | ||
Divisão | Partes | Funções gerais |
Sistema Nervoso Central (SNC) | Encéfalo Medula Espinhal | Processamento e integração de informações |
Sistema Nervoso Periférico (SNP) | Nervos Gânglios | Condução de informações entre órgãos receptores de estímulos, o SNC e órgãos efetuadores (músculos, glândulas...) |
05.0. SINAPSES: Transmissão do impulso nervoso entre células
Um impulso é transmitido de uma célula a outra através das sinapses (do grego synapsis, ação de juntar). A sinapse é uma região de contato muito próximo entre a extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras células sensoriais, musculares ou glandulares. As terminações de um axônio podem estabelecer muitas sinapses ao mesmo tempo. Na maioria das sinapses nervosas, as membranas das células que fazem sinapse estão muito próximas, mas não se tocam. Existe um pequeno espaço entre as membranas celulares (o espaço sináptico ou fenda sináptica).
Quando os impulsos nervosos atingem as extremidades do axônio da célula pré-sináptica, ocorre liberação, nos espaços sinápticos, de substâncias químicas denominadas neurotransmissores ou mediadores químicos, que tem capacidade de se combinar com receptores presentes na membrana das células pós sináptica, desencadeando o impulso nervoso. Esse tipo de sinapse, por envolver a participação de mediadores químicos, é chamado sinapse química.
05.1.SINAPSES NEUROMUSCULARES
A ligação entre as terminações axônicas e as células musculares é chamada sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação das substância neurotransmissora acetilcolina que estimula a contração muscular.
05.2. SINAPSES ELÉTRICAS
Em alguns tipos de neurônios, o potencial de ação se propaga diretamente do neurônio pré-sináptico para o pós sináptico, sem intermediação de neurotransmissores. As sinapses elétricas ocorrem no sistema nervoso central, atuando na sincronização de certos movimentos rápidos.
06.0. SISTEMA NERVOSO CENTRAL
06.1. INTRODUÇÃO
O encéfalo está localizado no interior do crânio e a medula espinhal no interior de um canal existente na coluna vertebral. O encéfalo e a medula são formados por células glia, por corpos celulares de neurônios e por feixes de dentritos e axônios.
06.2. MENINGES
Tanto o encéfalo como a medula espinhal são protegidos por três camadas de tecidos conjuntivo (as meninges). A meninge externa, mais espessa, é a “dura-máter”; a meninge mediana é a aracnóide; e a mais interna é a “pia-máter”, firmemente aderido ao encéfalo e a medula. A “pia-máter” contém vasos sangüíneos responsáveis pela nutrição e oxigenação das células do sistema nervoso central.
Entre a aracnóide e a “pia-máter”, tem um espaço que é preenchido pelo líquido cerebrospinal ou líquido cefalorraquidiano, que também circula nas cavidades internas do encéfalo e da medula, esse líquido tem a função de amortecer os choques mecânicos do sistema nervoso central contra os ossos do crânio e da coluna vertebral.
06.3. PARTES DO ENCÉFALO
As partes fundamentais do encéfalo são: lobo olftativo; cérebro; tálamo; lobo óptico; cerebelo e bulbo raquidiano ou medula oblonga).
07.0. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
07.1. INTRODUÇÃO
O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos e gânglios nervosos e sua função é conectar o sistema nervoso central às diversas partes do corpo.
07.2. NERVOS E GÂNGLIOS NERVOSOS
Nervos são feixes de fibras nervosas envoltas por uma capa de tecido conjuntivo. Nos nervos existe vasos sangüíneos responsáveis pela nutrição das fibras nervosas. As fibras presentes nos nervos podem ser tanto dentritos como axônios que conduzem, respectivamente, impulsos nervosos das diversas regiões do corpo ao sistema nervoso central e vice-versa.
Gânglios nervosos são aglomerados de corpos celulares de neurônios localizados fora do sistema nervoso central. Os gânglios aparecem como pequenas dilatações em certos nervos.
7.3. NERVOS SENSITIVOS, MOTORES E MISTOS
Nervos sensitivos são os que contêm somente fibras sensitivas, que conduzem impulsos dos órgãos sensitivos para o sistema nervoso central.
Nervos motores são os que contêm somente fibras motoras, que conduzem impulsos do sistema nervoso central até os órgãos efetuadores (músculos ou glândulas).
Nervos mistos contêm tanto fibras sensitivas como fibras motoras.
7.4. NERVOS CRANIANOS
São os nervos ligados ao encéfalo, enquanto nervos ligados à medula são denominados “nervos espinhais ou raquidianos”. Possuímos doze partes de nervos cranianos responsáveis pela intervenção dos órgãos do sentido, dos músculos e glândulas da cabeça, e também de alguns órgãos internos.
7.5. NERVOS ESPINAIS OU RAQUIDIANOS
Dispõem-se em pares ao longo da medula. Cada nervo do par liga-se lateralmente à medula por meio de duas “raízes”, uma localizada em posição mais dorsal e outra em posição mais ventral. A raiz dorsal de um nervo espinhal é formada por fibras sensitivas e a raiz ventral, por fibras motoras.
7.6. GÂNGLIOS ESPINHAIS
Na raiz dorsal de cada espinal existe um gânglio, o gânglio espinhal, onde se localizam os corpos celulares dos neurônios sensitivos. Já os corpos celulares dos neurônios motores localizam-se dentro da medula, dentro de uma substância cinzenta. Os nervos espinhais ramificam-se perto da medula e os diferentes ramos enervam os músculos, a pela e as vísceras.
8.0. FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
8.1. FUNÇÕES DO ENCÉFALO
As informações vindas das diversas partes do corpo, chegam até as partes específicas do encéfalo (que são chamadas de centros nervosos), onde são integradas para gerar ordens de ação na forma de impulsos nervosos que são emitidas às diversas partes do corpo através das fibras motoras presentes nos nervos cranianos e espinhais.
O encéfalo humano contém cerca de 35 bilhões de neurônios e pesa aproximadamente 1,4 Kg. A região superficial do cérebro, que acomoda bilhões de corpos celulares de neurônios (substância cinzenta), constitui o córtex cerebral. O córtex cerebral está dividido em mais de quarenta áreas funcionalmente distintas, isto é, cada uma delas controla uma atividade específica.
9.0. CÉREBRO
9.1. TÁLAMO E HIPOTÁLAMO
Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos receptores do olfato, passam pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral. O tálamo atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral. Ele é o responsável pela condução dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser processados.
O hipotálamo, também constituído por substância cinzenta, é o principal centro das atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos principais responsáveis pela homeostase corporal. Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas. É o hipotálamo que controla a temperatura corporal, regula o apetite e o balanço de água no corpo e está envolvido na emoção e no comportamento sexual.
9.2. TRONCO ENCEFÁLICO
Formado pelo mesencéfalo, pela ponte e pela medula oblonga (ou bulbo raquidiano), o tronco encefálico conecta o cérebro à medula espinal. Além de coordenar e integrar as informações que chegam ao encéfalo, ele controla a atividade de diversas partes do corpo.
O mesencéfalo é responsável por certos reflexos. A ponte é constituída principalmente por fibras nervosas mielinizadas que ligam o córtex cerebral ao cerebelo. O bulbo raquidiano participa na coordenação de diversos movimentos corporais e possui importantes centros nervosos.
9.3. CEREBELO
É o responsável pela manutenção do equilíbrio corporal, é graças a ele que podemos realizar ações complexas, como andar de bicicleta e tocar violão, por exemplo. Ele recebe as informações de diversas partes do encéfalo sobre a posição das articulações e o grau de estiramento dos músculos bem como informações auditivas e visuais.
9.4. FUNÇÕES DA MEDULA ESPINAL
A medula espinhal elabora respostas simples para certos estímulos. Essas respostas medulares, denominadas atos reflexos, que permitem reagir rapidamente em situações de emergência.
A medula funciona também como uma estação retransmissora para o encéfalo. Informações colhidas nas diversas partes do corpo chegam a medula, de onde são retransmitidas ao encéfalo para serem analisadas. Por outro lado, grande partes das ordens elaboradas no encéfalo passa pela medula antes de chegar aos seus destinos.
A parte externa da medula, de cor branca, é constituída por feixes de fibras nervosas mielinizadas, denominados tratos nervosos, que são responsáveis pela condução de impulsos das diversas regiões da medula para o encéfalo e vice-versa.
10.0. DIVISÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
As ações voluntárias resultam da contratação de músculos estriados esqueléticos, que estão sob o controle do sistema nervoso periférico voluntário ou somático. Já as ações involuntárias resultam da contração das musculaturas lisa e cardíaca, controladas pelo sistema nervoso periférico autônomo, também chamado involuntário ou visceral.
10.1. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO VOLUNTÁRIO
Tem por função reagir a estímulos provenientes do ambiente externo. Ele é constituído por fibras motoras que conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos esqueléticos.
10.2. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO AUTÔNOMO
Tem por função regular o ambiente interno do corpo, controlando a atividade dos sistemas digestivos, cardiovascular, excretor e endócrino. Ele contém fibras nervosas que conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos lisos das vísceras e à musculatura do coração.
10.2.1. SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO
O sistema nervoso periférico autônomo é dividido em dois ramos: simpático e parassimpático, que se distinguem tanto pela estrutura quanto pela função. Enquanto os gânglios da via simpática localizam-se ao lado da medula espinal, distantes do órgão efetuador, os gânglios das vias parassimpáticas estão longe do sistema nervoso central e próximos ou mesmo dentro do órgão efetuador.
As fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas enervam os mesmos órgãos, mas trabalham em oposição. Enquanto um dos ramos estimula determinado órgão, o outro o inibe. Essa ação antagônica mantém o funcionamento equilibrado dos órgãos internos.
O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO simpático, de modo geral, estimula ações que mobilizam energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse. Por exemplo, o SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO AUTÔNOMO simpático é responsável pela aceleração dos batimentos cardíacos, pelo aumento da pressão sangüínea, pelo aumento da concentração de açúcar no sangue e pela ativação do metabolismo geral do corpo.
O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO AUTÔNOMO parassimpático, o neurotransmissor é a acetilcolina, como nas sinapses ganglionares. Já no simpático, o neurotransmissor é, com poucas exceções, a noradrenalina.
11.0. CÉREBRO
É a parte do sistema nervoso central que fica dentro do crânio. É a parte mais desenvolvida e mais volumosa do encéfalo, pesa aproximadamente 1,3 Kg e é uma massa de tecido cinza-róseo. Quando cortado, o cérebro apresenta duas substâncias diferentes: uma branca, que ocupa o centro e outra cinzenta, que forma o córtex cerebral. O córtex cerebral está dividido em mais de quarenta áreas funcionalmente distintas. Cada uma delas controla uma atividade específica. A presença de grandes áreas cerebrais relacionadas ao controle da face e das mãos explica por que essas partes do corpo têm tanta sensibilidade. No córtex estão agrupados os neurônios.
11.1. COMPONENTES DO CÉREBRO
O cérebro é composto por cerca de 100 bilhões de células nervosas, conectadas umas às outras e são responsáveis pelo controle de todas as funções mentais. Além das células nervosas (neurônios), o cérebro contém células glia (células de sustentação), vasos sangüíneos e órgãos secretores.
Ele tem três componentes estruturais principais: os grandes hemisférios cerebrais, em forma de abóbada (na parte de cima), o cerebelo, o menor e com formato mais esférico (fica mais abaixo e à direita), e o tronco cerebral (centro). No tronco cerebral. Destacam-se a medula alongada ou bulbo raquiano (o alargamento central) e o tálamo (que fica entre a medula e os hemisférios cerebrais).
Os hemisférios cerebrais são responsáveis pela inteligência e pelo raciocínio.
O tronco encéfalo, formado pelo mesencéfalo, pela ponte e pela medula oblonga, conecta o cérebro à medula espinal, além de coordenar e entregar as informações que chegam ao encéfalo. Controla as atividades de diversa partes do corpo.
O mesencéfalo recebe e coordena informações referentes ao estado de contrações dos músculos e postura, responsável por certos reflexos.
O cerebelo ajuda a manter o equilíbrio e a postura.
O bulbo raquiano está implicado na manutenção das funções involuntárias, tais como a respiração.
A ponte á constituída principalmente por fibras nervosas mielinizadas que ligam o córtex cerebral ao cerebelo.
O tálamo age como centro de retransmissão dos impulsos elétricos.
11.2. FUNÇÕES DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS
Embora os hemisférios cerebrais tenham uma estrutura simétrica, ambos (direito e esquerdo) com dois lóbulos que emergem do tronco cerebral e com áreas sensoriais e motoras, certas funções intelectuais são desempenhadas por um único hemisfério. Geralmente, o hemisfério dominante de uma pessoa ocupa-se da linguagem e das operações lógicas, enquanto que o outro hemisfério controla as emoções e as capacidades artísticas e espaciais. Em quase todas as pessoas destras e em muitas pessoas canhotas, o hemisfério dominante é o esquerdo. Esses dois hemisférios são conectados entre si por uma região denominada corpo caloso.
11.3. FUNÇÕES DO CÉREBRO
O cérebro é o centro de controle do movimento, do sono, da fome, da sede e de quase todas as atividades vitais necessárias à sobrevivência. Todas as emoções, como o amor, o ódio, o medo, a raiva, a alegria, a tristeza, também são controladas pelo cérebro. Ele está encarregado ainda de receber e interpretar os inúmeros sinais enviados pelo organismo e pelo exterior.
Os cientistas, já conseguiram elaborar um mapa do cérebro, localizando diversas regiões responsáveis pelo controle da visão, audição, olfato, paladar, dos movimentos automáticos e das emoções, entre outras. No entanto, pouco ainda se sabe sobre os mecanismos que reagem o pensamento e a memória.
12.0. ALGUNS DISTÚRBIOS DO SISTEMA NERVOSO
12.1. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
É um distúrbio grave do sistema nervoso. Podem ser causados tanto pela obstrução de uma artéria que leva a isquemia de uma área do cérebro, como por uma ruptura de uma artéria, seguida de derrame. Os neurônios alimentados pela artéria atingida ficam sem oxigenação e morrem, estabelecendo-se uma lesão neurológica. A porcentagem de óbitos entre pessoas atingidas por AVC é de 20% a 30% e, dos sobreviventes, muitos passam a apresentar problemas motores e de fala. Alguns dos fatores que predispõem ao AVC são a hipertensão arterial (pressão alta), a taxa elevada de colesterol (gordura) no sangue, a obesidade, o diabete (açúcar no sangue), o uso de pílulas anticoncepcionais e o hábito de fumar.
12.2. ATAQUES EPILÉTICOS
Epilepsia não é uma doença e sim um sintoma que pode ocorrer em diferentes formas clínicas. As epilepsia aparecem, na maioria dos casos, antes dos dezoito anos de idade e podem Ter causas diversas, tais como anomalias congênitas (de nascença), doenças do sistema nervoso, infecções, lesões decorrentes de traumatismo craniano, tumores cerebrais, etc.
12.3. CEFALÉIAS
São dores de cabeça (muito forte), que podem se propagar pela face, atingindo os dentes e pescoço. Sua origem está associada a fatores diversos, como tenção emocional, distúrbios visuais e hormonais, pressão alta, infecções, sinusites, etc.
12.4. DOENÇAS DEGENERATIVAS DO SISTEMA NERVOSO
Diversos fatores podem causar morte celular e degeneração, em maior ou menor escala, do sistema nervoso. Esses fatores podem ser mutações genéticas, infecções virais, drogas psicotrópicas, intoxicação por metais, poluição, etc. As doenças nervosas degenerativas mais conhecidas são a esclerose múltipla, a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer.
12.4.1. ESCLEROSE MÚLTIPLA
Se manifesta por volta dos 25 a 30 anos de idade, sendo mais freqüente nas mulheres. Os primeiros sintomas são alterações da sensibilidade e fraqueza muscular. Podem ocorrer perda da capacidade de andar, distúrbios emocionais, incontinência urinária, quedas de pressão, etc.
12.4.2. MAL DE PARKINSON
Manifesta-se geralmente a partir dos 60 anos e é causada por alterações nos neurônios que constituem a “substância negra” e o corpo estriado, dois importantes centros motores do cérebro. A pessoa afetada passa a apresentar movimentos lentos, rigidez corporal, tremor incontrolável, além de acentuada redução na quantidade de dopamina, substância neurotransmissora fabricada pelos neurônios do corpo estriado.
12.4.3. DOENÇA DE ALZHEIMER
O nome da doença surgiu por causa do neurologista alemão Alois Alzheimer. Esta doença é uma demência que se manifesta por volta dos 50 anos e se caracteriza por uma deterioração intelectual profunda, desorientando a pessoa, que perde progressivamente a memória, as capacidades de aprender e de falar.
Essa doença é considerada a primeira causa de demência senil. (forma clínica de deterioração intelectual do idoso). A expectativa média de vida de quem sofre dessa doença é de cinco a dez anos. Embora atualmente muitos pacientes sobrevivam por 15 anos ou mais.
13.0. DOENÇAS INFECCIOSAS DO SISTEMA NERVOSO
Vírus, bactérias, protozoários e vermes podem paralisar o sistema nervoso, causando doenças de gravidade que depende do tipo de agente infeccioso, de seu estado físico e da idade da pessoa.
Diversos tipos de vírus podem atingir as meninges (membranas que envolvem o sistema nervoso central), causando as meningites virais. Se o encéfalo for afetado, fala-se de encefalites. Se a medula espinal for afetada. Fala-se de poliomielite. Infecções bacterianas também podem causar meningites.
14.0. BIBLIOGRAFIA
Enciclopédia Larrousse Cultural
Enciclopédia Barsa
Ciência e Futuro (2000/2001)
O Corpo Humano, de Daniel Cruz
Webciência.com
Enciclopédia O Mundo da Criança
Luíza Camelo Freire, 13 anos, sétima série, Colégio São Luís, Recife/PE
e-mail: luizacamelo2001@hotmail.com
FONTE: EDMS – Trabalhos Escolares, Educação & Diversão (ANO 2000 - 2003)