PACA
Animal encontrado do México ao Brasil, a paca costuma passar o dia em suas tocas no mato e só à noite sai para perambular à cata dos grãos, raízes e frutas que constituem sua base alimentar. Na falta desses itens, é capaz, faminta, de roer até a casca das árvores.
Mamífero roedor da família dos dasiproctídeos, a mesma da cutia, a paca (Cuniculus paca) pode atingir 75cm de comprimento. Com a extremidade posterior do corpo mais alta que a anterior, tem as pernas curtas, a cauda reduzida a um cotoco, a cabeça grande e certas saliências nos ossos malares que servem como caixas de ressonância na produção de sons. O pêlo, castanho, curto e lustroso, apresenta cinco faixas irregulares de manchas esbranquiçadas dispostas em seqüência e mais visíveis nos flancos. Nas patas traseiras, os dedos são providos de cascos.
Assídua freqüentadora de plantações de milho, mandioca e cana-de-açúcar, gosta de andar à beira-rio e nada bem: quando perseguida, lança-se sem hesitar à água. Nas andanças por seu território freqüentemente usa as mesmas trilhas, que se tornam muito marcadas de tão batidas por sucessivos grupos de animais.
Espécie menor e de pêlo mais denso, a paca-das-montanhas (Cuniculus ou Stictomys taczanowskii) vive nos Andes. Já a pacarana (Dinomys branickii), mamífero roedor da região amazônica, bem mais raro, pertence a outra família, a dos dinomiídeos, e se distingue por ter a cauda algo mais longa e todas as unhas transformadas em cascos.